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Notícias Júlio de Castilhos

IFFar - JC inaugura Banco Vermelho em memória das vítimas de feminicídio

Publicado em Sexta, 26 de Setembro de 2025, 20h57 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

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Na última quinta-feira (25/09), o Instituto Federal Farroupilha – Campus Júlio de Castilhos realizou a inauguração do primeiro Banco Vermelho da cidade. O ato simbólico integra as ações institucionais de enfrentamento à violência de gênero e presta uma homenagem especial à servidora Liana Gomes, assassinada há cinco anos, vítima de feminicídio.

O Banco Vermelho é um símbolo internacional de conscientização sobre a violência contra as mulheres. Sua cor intensa e sua presença em locais públicos representam um alerta silencioso sobre o feminicídio e funcionam como um memorial permanente às vítimas. No campus, o banco carrega um significado ainda mais profundo. “Essa homenagem é um marco da nossa memória, do nosso luto e, principalmente, do nosso compromisso institucional com a vida das mulheres”, afirmou a Direção do campus em nota oficial.

A cerimônia de inauguração contou com falas de representantes do Instituto que reforçaram o impacto do projeto. Alice de Souza Ribeiro, presidenta do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NUGEDIS), destacou a origem e importância da ação. “O Banco Vermelho é um símbolo e projeto de conscientização contra a violência e o feminicídio. Criado na Itália e com presença em diversos países, foi institucionalizado no Brasil pela Lei nº 14.942/2024 e integra a campanha 'Agosto Lilás'. É muito importante para a comunidade acadêmica, especialmente por ser o primeiro da cidade de Júlio de Castilhos”, afirmou.

A Coordenadora das Ações Afirmativas do campus, Mariane Denardin, emocionou-se ao lembrar da colega homenageada. “Hoje, não posso estar feliz como normalmente sou, porque este banco representa morte. Representa a morte de uma pessoa querida, uma colega, e também de tantas outras mulheres.” Em sua fala, citou Vinicius de Moraes: “Que seja eterno enquanto dure”, e reforçou a importância de seguir em frente, apesar da dor, pois o mundo ainda guarda encontros transformadores.

Para a Diretora de Ensino do campus, Juliana Mezomo, o Banco Vermelho cumpre três funções fundamentais: “Primeiro, é um símbolo de conscientização. Segundo, é um ato de memória e justiça. E terceiro, é uma ferramenta educativa. Ele nos provoca a refletir sobre o papel de cada um de nós na luta contra o machismo, a violência e a desigualdade de gênero. É um convite à ação: denunciar, apoiar, acolher e transformar”.

Representando a Reitoria, Katiele Hundertmarck, da Coordenação de Ações Afirmativas da PROEN, trouxe dados alarmantes: “Enquanto estamos aqui, pelo menos 10 mulheres sofrerão alguma forma de violência. A cada três minutos, uma mulher é vítima de vioência – seja física, psicológica, patrimonial ou de outro tipo”.

A Diretora-Geral do campus, Sílvia Montagner, reafirmou o compromisso da instituição: “O IFFar está engajado no combate a todos os tipos de violência, em especial à violência de gênero”.

Após as falas, o banco foi oficialmente descerrado pela professora Juliana Mezomo Cantarelli e pela estudante Joelma Cezimbra. Encerrando a cerimônia, aconteceu a intervenção artística “Incisivas”, conduzida pela artista visual e pesquisadora Stéfani Agostini, doutoranda e mestra em Artes Visuais pela UFSM. Sua performance poética abordou memórias e resistências femininas, traçando um paralelo entre o corpo, o silêncio e a luta contra a violência no ambiente doméstico.

Com essa ação, o IFFar Campus Júlio de Castilhos reafirma sua missão como espaço de formação cidadã, de valorização da vida e de resistência frente às violências que atingem mulheres todos os dias.

Denúncie a violência contra a mulher, ligue 180.

Fotos: Luciana Cristofari

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