IFFar Campus Frederico Westphalen ilumina-se de azul pelo dia Mundial de Conscientização do Autismo
Tornar visível o dia 02 de abril e o que ele representa, foi o objetivo da ação de iluminar de azul a entrada principal do Prédio Central do IFFar Campus Frederico Westphalen e disponibilizar cartazes informativos acerca do tema nos prédios do Campus. Essa data foi instituída pela ONU em 2007 e, desde 2008 ela é referenciada em nível mundial. Várias instituições públicas e privadas iluminam-se de azul como forma de fazer referência a causa e propagar informações acerca do Autismo ou conforme a nomenclatura atual, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Desde 2013, com a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V) o autismo passa ser nomeado como TEA, pois o espectro envolve diferentes maneiras das características se apresentarem em cada uma das pessoas, incluindo a Síndrome de Asperger por exemplo, que historicamente, foi considerada um “autismo de alto funcionamento” pelo fato das pessoas não possuíram comprometimentos intelectuais como na maioria dos casos de autismo.
De acordo com o DSM V o TEA caracteriza-se por ser um transtorno global do desenvolvimento que pode ter fatores genéticos e ambientais envolvidos. Mas não existe, até o momento, uma causa ou algum exame específico para identificar o TEA. Porém, durante a investigação para o diagnóstico, alguns exames podem ser indicados como: sangue, audição, visão, mapeamento genético, etc., para excluir outras deficiências ou doenças.
As principais áreas comprometidas no TEA, segundo o DSM V, são:
(1) Dificuldades na comunicação social e interação social;
(2) Padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses ou atividades.
Os sinais manifestam-se até os 03 anos de idade, e podem ser caracterizados por alguns comportamentos como:
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Dificuldade em fixar o olhar nas pessoas;
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A criança parece ser surda, pois não atende quando chamada;
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Apresenta ausência ou dificuldade na fala;
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Podem ter hipersensibilidade ou hipossensibilidade a sons, toques, cheiros, luzes ou cores;
Como dados gerais, acrescenta-se que o azul remete-se a predominância do TEA ser em meninos, uma relação de aproximadamente 4:1, ou seja, para 4 casos de autismo em meninos temos 1 menina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou, em 2013, uma prevalência de 70 milhões de pessoas no mundo com TEA, ou seja, relação de 1 em cada 60 indivíduos. No Brasil, temos, aproximadamente, 2 milhões de pessoas com autismo, o que equivale em média um caso a cada 100 pessoas.
Em nosso País, desde 2012 com a Lei 12.764, a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais referente a este público, como por exemplo, o acesso às políticas de ações afirmativas, como a Lei de Cotas, tanto em âmbito educacional quanto laboral.
A importância deste assunto em instituições de Educação como a nossa, o IFFar, se dá por termos uma política institucional que possui princípios inclusivos e contínuas ações e projetos que visam promover o respeito e a valorização de todas as pessoas. Além disso, investe em espaços para debates, vivências e reflexões referentes às questões que envolvem temáticas na área de Educação Especial – para citar uma dentre outras – com a institucionalização do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NAPNE), presidido pela Docente de Educação Especial Graciela Fagundes Rodrigues.
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